Vigilância Sanitária de Araraquara realiza operação preventiva em festa universitária e não encontra irregularidades em bebidas
Ação conjunta com o Estado e Polícia Civil integra força-tarefa contra adulteração por metanol e reforça orientações à populaçãoA Vigilância Sanitária de Araraquara participou, na noite do último sábado (4), de uma operação articulada com a Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo e a Polícia Civil, com o objetivo de verificar a procedência de bebidas alcoólicas em uma grande festa universitária no município. A ação faz parte da mobilização estadual de combate à falsificação de bebidas com metanol, que já apreendeu mais de 7 mil garrafas em todo o Estado desde o dia 29 de setembro.
Em Araraquara, as equipes fiscalizaram cerca de 1.400 garrafas de bebidas, incluindo vodca e outros destilados, conferindo notas fiscais, lacres e rótulos dos produtos destinados ao consumo no evento, que reuniu aproximadamente mil pessoas.
Segundo o chefe da Divisão de Vigilância Sanitária de Araraquaral, Luís Eduardo Ursolino Tagliacozzo, todas as bebidas estavam regularizadas e com procedência comprovada.“Essa operação foi articulada porque identificamos a realização de uma festa grande na cidade, com um número expressivo de pessoas. Por se tratar de um evento universitário, decidimos verificar a origem das bebidas que seriam fornecidas. Fizemos toda a conferência da procedência e, graças a Deus, estava tudo certo — todas tinham nota fiscal”, afirmou Tagliacozzo.
A operação integra as ações do gabinete de crise montado pelo Governo de São Paulo após o aumento de casos de intoxicação por metanol. Desde o início de 2025, 41 pessoas foram presas por envolvimento em esquemas de falsificação, 14 casos de contaminação foram confirmados e duas mortes registradas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde. Outros 148 casos ainda estão sob investigação.
Tagliacozzo ressalta que as fiscalizações seguirão ocorrendo tanto de forma programada quanto a partir de denúncias.“Vamos realizar novas operações conforme a demanda, além do trabalho de rotina que já fazemos em restaurantes, bares e estabelecimentos da área de alimentos. Até o momento, não recebemos denúncias relacionadas à procedência de bebidas destiladas, mas, se houver, faremos novas ações com apoio da Polícia Civil”, explicou.
O chefe da Vigilância ainda reforça as orientações à população sobre o consumo consciente e seguro de bebidas alcoólicas: “É importante verificar rótulos e embalagens, observar se há selo do Ministério da Agricultura e se não há indícios de adulteração. Guardar a nota fiscal também é essencial, pois ela é a principal garantia caso ocorra algum problema”, orientou.
Denúncias podem ser feitas pela Ouvidoria da Vigilância em Saúde ou diretamente no site da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Em todo o Estado, a força-tarefa coordenada pelo Governo de São Paulo mantém 11 estabelecimentos interditados cautelarmente, com amostras sendo analisadas pela Polícia Científica. Em São Caetano e na capital, bares e adegas também foram alvo de fiscalizações. O governador Tarcísio de Freitas determinou o cancelamento da inscrição estadual de locais flagrados vendendo bebidas adulteradas, medida que equivale ao fechamento definitivo do estabelecimento.